Nova divisão administrativa é de alguém que “não bate bem da cabeça” – Adalberto Costa Júnior

O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, prometeu em Benguela uma luta acérrima no próximo ano para tornar as eleições autárquicas numa realidade e rejeitou as propostas governamentais para uma nova divisão administrativa do país como sendo produto de “alguém que não bate bem (da cabeça)”.

Por: João Marcos*

Em Benguela, onde cumpre uma visita privada, Adalberto Costa Júnior garantiu que as autarquias não são uma batalha perdida.

Com o país a apenas uma lei do fecho do pacote legislativo autárquico, o presidente da UNITA promete um amplo debate nacional como forma de pressionar o partido no poder.

“Parece uma batalha perdida mas não é, vamos fazer tudo para debate esta realidade a nível de todo o país, nas comunidades, nas instituições, na academia”, disse.

“Se assim for, vamos tornar cada vez mais frágil os argumentos daqueles que nos querem distanciar da modernização e da proximidade com o cidadão”, acrescentou.

Questionado sobre a proposta de divisão política e administrativa, o líder da UNITA afirmou que “é melhor não comentar”.

“Parece uma coisa que saiu da cabeça de alguém que não bate bem, só pode ser isso”, disse”.

Quanto à luta contra a corrupção, agora que o Serviço Nacional de Recuperação de Activos assume acordos de partilha de activos desviados, à semelhança do que sugere, o político reafirma que a estratégia do seu partido acaba reforçada.

“Continuamos cada vez mais convictos das opções que fizemos, hoje a nossa visão e aplaudida por toda a gente”, disse.

“A justiça por encomenda não é solução para ninguém, até porque a origem das fortunas dos muitos ricos, com raríssimas excepções, é o erário” acrescentou Costa Júnior para quem “se exigimos certos custos a uns, temos de exigir a outros, o combate à corrupção não se está a fazer”.

Em declarações à VOA, em Novembro, a directora nacional dos Serviços de Recuperação de Activos da Procuradoria Geral da República, Eduarda Rodrigues, defendeu acordos de partilha de bens, assumindo que, caso contrário, Angola pode perder o rasto de largos biliões de dólares.

*Voz da América

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