O ministro das Obras Públicas e Ordenamento do Território, Carlos dos Santos, está desde a manhã desta quinta-feira, no Dundo, capital da Lunda-Norte para inteirar-se sobre o problema da ravina com proporções alarmantes que ameaça destruir vários edifícios da Centralidade do Mussungue.
Além da centralidade, cuja ravina começou a acelerar na madrugada de terça para quarta-feira, em consequência das intensas chuvas que se abateram sobre o Dundo, na companhia da governadora da Lunda-Norte, Deolinda Vilarinho, o ministro vai também constatar a situação de outras erosões, com realce para o aeroporto do Camaquenzo.
Segundo apurou o ECOS DO HENDA, alguns edifícios da zona 1 da centralidade do Mussungue, correm risco de serem engolidos por uma ravina em progressão assustadora, sob o olhar cego de quem deveria resolver este problema.
De acordo com fontes no local, a ravina em progresso, já atingiu uma das ruas que dá acesso aos edifícios, em função das fortes chuvas que se abatem nos últimos dias na região, sendo que, a sua progressão pode acelerar e afectar os prédios, em função de já ter danificado uma vala de drenagem.
Obras para estancar ravina na Centralidade começam em Janeiro
As obras para estancar em definitivo a ravina que ameaça destruir alguns edifícios da zona 1 na centralidade do Mussungue, vão iniciar apenas no próximo dia 15 de Janeiro, informou, esta quinta-feira, o ministro das Obras Públicas e Ordenamento do Território.
Carlos dos Santos prestou estas declarações à imprensa, no final da visita de constatação da zona ameaçada pela ravina, cuja progressão começou na madrugada de terça-feira, em consequência das intensas chuvas que se abateram sobre a cidade do Dundo.
Carlos dos Santos disse, também, que até ao momento estão inventariadas 742 ravinas em todo o país, 400 das quais em estado avançado de degradação.
A província da Lunda Norte tem catalogadas 30 ravinas, que deverão ser estancadas em 2023.
A Centralidade do Mussungue, implantada a sudoeste da Cidade do Dundo, conta com 419 edifícios, cinco mil e quatro apartamentos, 153 espaços comerciais e é composta por apartamentos de tipologia T4 e T5.
Concebido para albergar cerca de 30 mil pessoas, o projecto, cuja primeira fase se encontra subdividida em sete zonas, sendo seis habitacionais e uma de equipamentos sociais, possui um hospital, com 95 camas, uma creche, com 24 salas , e uma escola, para mil e trezentos alunos.
Os apartamentos já concluídos, a albergarem mais de 15 mil pessoas, representam a primeira fase do projecto, que prevê 20 mil fogos, a serem construídos de forma faseada.
