CNE precisa de reforma para “se acabar com golpes de Estado institucionais” – Adalberto Costa Júnior

O presidente da UNITA defendeu na semana finda reformas na Comissão Nacional Eleitoral, “para se acabar com golpes de Estado institucionais”, considerando que 2022 ficou marcado pela mais renhida disputa eleitoral “em que os vencedores cederam para evitar banho de sangue”

Adalberto Costa Júnior, presidente da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), maior partido na oposição angolana, afirmou também que este foi um ano de “sucessivas batalhas, do retorno às prisões políticas de jovens activistas e de intimidações de todo o tipo”.

“Tentativas de supressão do direito à livre expressão dos jornalistas, do vilipendiar dos direitos dos professores e estudantes por condições mais dignas e salários mais justos” também ocorreram, segundo Costa Júnior, acrescentando: “Foi um ano em que continuou esquecida a agricultura familiar e o apoio às micro e pequenas empresas”.

O líder da UNITA, partido que elegeu 90 deputados nas eleições de 24 de Agosto e contestou os resultados definitivos, considerou que 2022 ficou marcado pela mais renhida disputa eleitoral em que “os vencedores cederam para evitar um desnecessário banho de sangue”.

O “banho de sangue” pós-eleitoral foi “projectado” e pré-anunciado com a exibição de “um portentoso desfile e exibição pública de forças castrenses prontas a agir, para, de entre outros fins, silenciar as forças democráticas da sociedade por outras dezenas de anos”, frisou Adalberto Costa Júnior.

A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) e o Tribunal Constitucional declararam o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder desde 1975) vencedor das eleições, onde elegeu 124 deputados para o próximo quinquénio.

C / Visão

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