Militares dos EUA reportaram dois novos ataques aéreos contra combatentes do al-Shabab no estado de Hirshabelle, na Somália.
Um comunicado do Comando Militar dos EUA em África (AFRICOM) diz que foram realizados dois ataques de “autodefesa colectiva” contra o grupo, a 14 e 17 de deste mês, nas proximidades da cidade costeira de Adale.
Os ataques ocorreram a pedido do Governo Federal da Somália e em apoio às forças do Exército Nacional da Somália.
O primeiro ataque ocorreu a 176 quilómetros a nordeste de Mogadíscio, matando sete militantes, enquanto o segundo ataque ocorreu a aproximadamente 220 quilómetros a nordeste de Mogadíscio, matando oito combatentes do al-Shabab.
A avaliação inicial do Comando dos EUA em África indica que nenhum civil foi ferido ou morto em qualquer um dos ataques, de acordo com o AFRICOM.
“O Comando dos Estados Unidos em África continuará a avaliar os resultados dessas operações e fornecerá informações adicionais conforme apropriado”, lê-se no comunicado. “Detalhes específicos sobre as unidades envolvidas e os activos utilizados não serão divulgados para garantir a segurança das operações.”
O governo da Somália informou, a 15 de Dezembro, que conduziu uma operação contra o al-Shabab, nas proximidades das aldeias de Juhay e Gulane, no estado de Hirshabelle.
Localidades libertadas
O governo disse que 88 combatentes do al-Shabab foram mortos na operação de 48 horas, que foi realizada em colaboração com parceiros internacionais, uma frase que muitas vezes se refere ao envolvimento de países amigos que apoiam o exército somali.
Na sexta-feira, o governo publicou supostas fotos e vídeos de combatentes do al-Shabab mortos na operação.
E no sábado, o Ministério da Informação da Somália informou que um comandante do al-Shabab identificado como Yusuf Mohamed Jingab estava entre os mortos na operação.
As alegações de números de vítimas pelo governo da Somália ainda não foram confirmadas de forma independente.
As forças do governo somali apoiadas por combatentes locais têm conduzido operações nos estados de Hirshabelle e Galmudug desde Agosto, libertando dezenas de localidades do al-Shabab.
As autoridades de segurança da Somália disseram que os Estados Unidos não são o único país que fornece apoio aéreo às forças do governo.
Autoridades de segurança que pediram para não serem identificadas, devido à sensibilidade da operação, disseram ao serviço Somali da VOA, no final do mês passado, que drones turcos também davam apoio aéreo às forças somalis.
Contactado pelo mesmo serviço, o Ministério da Defesa turco não confirmou nem desmentiu a participação de drones turcos na ofensiva contra o al-Shabab.
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