Luanda: Jornalistas acusam agentes do SIC de detenções arbitrárias e agressões físicas

Sete jornalistas de diversos órgãos de comunicação social privados estão a acusar alguns agentes do Serviço de Investigação Criminal (SIC), colocados nas instalações do SIC Geral, de detenção arbitrária e agressões físicas.

Trata-se de Escrivão José, Angelino Cahango e Mauro Zamba pertencentes ao Jornal Hora H, Jubileu Panda da TV Maiombe, Victor Kavinda do Jornal 24 Horas, Joaquim Paulo do portal Factos Diarios e Capita Inga da TV Nzinga.

Os profissionais contam que se encontravam a entrevistar a mãe do representante da organização Bombeiros Unidos Sem Fronteiras que se encontra detido desde quarta-feira, nas instalações do Serviço de Investigação Criminal (SIC-Geral), quando foram presos.

Escrivão José que se tinha deslocado ao local após ter recebido a informação que “havia uma manifestação defronte ao SIC-Geral de familiares de um oficial dos bombeiros que está detido há mais de 24 horas”, viu-se envolvido numa situação de detenção e agressão protagonizada por agentes policiais do SIC mesmo estando devidamente identificados.

Capita Inga, outro detido, disse que foram agredidos durante o período de quase três horas de detenção. “Fomos torturados, quer verbalmente quer fisicamente”, disse.

A VOA tentou o contacto com o porta-voz do SIC Geral, Manuel Halaiwa que negou gravar entrevista, mas disse não ser verdade a suposta detenção dos jornalistas.

João Lourenço está a processar o jornal O Crime por uma peça que o qualifica como “demagogo e hipócrita”. O director do jornal, Mariano Brás, nega que tenha ofendido o Presidente e se diz intimidado pelo SIC. (DR)

Director de jornal O Crime diz estar a ser ameaçado

Entretanto, Mariano Brás, director do Jornal O Crime denuncia ameaças contra si e diz temer pela sua vida.

“Ontem fui informado por uma fonte da segurança que havia um trabalho de localização do meu escritório e ontem mesmo a fonte disse-me que o trabalho estava concluído e não se sabia o passo seguinte, tendo me apelado a redobrar a minha segurança”, disse.

Na segunda-feira, o sindicato dos jornalistas angolanos anunciou para o próximo sábado, 17, a realização de uma marcha em protesto aos ataques que a classe tem sido alvo.

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