O antigo vice-presidente Manuel Vicente confidenciou, à pessoas próximas, que devido ao seu estado de saúde, não se sente em condições de realizar viagens longas e que já não pretende regressar a Angola.
“Podem ficar com o que quiserem. Já não volto a Angola”, disse, segundo fonte exclusiva do Correio da Kianda. A mesma fonte destacou ainda que o antigo vice-presidente reforçou que “não quer mais se chatear”. E ressaltou: “podem ficar com o que quiserem”.
Em Novembro último, conforme o nosso jornal publicou, o Procurador-Geral da República (PGR), Hélder Pitta Grós, informou que o processo judicial contra o antigo vice-presidente angolano, Manuel Vicente, “vai continuar, apesar da acusação ainda não estar pronta”.
O também ex-presidente da Sonangol é apontado, no despacho de acusação do empresário Carlos São Vicente, como parceiro com quem o arguido terá montado “um plano de apropriação ilícita de rendimentos e lucros”, dentre outras acusações.
Tribunal mantém condenação de Orlando Figueira
De ressaltar que no dia 06 de Dezembro, o último recurso apresentado ao Tribunal Constitucional de Portugal pelo procurador Orlando Figueira foi rejeitado liminarmente. Condenado em Dezembro de 2018, o tribunal daquele país deu como provado que o procurador recebeu contrapartidas de Manuel Vicente para arquivar processos em que este estava implicado na Justiça portuguesa.
Manuel Vicente foi Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Sonangol, entre 1999 e Janeiro de 2012, ainda antes de ser vice-presidente da República. Ficou provado também que Orlando Figueira foi corrompido por Manuel Vicente, na altura presidente da Sonangol.