O Rei Mohammed VI presidiu recentemente no Palácio Real em Rabat a cerimónia de assinatura do protocolo de acordo entre o Governo e o grupo empresarial OCP relativo à transição para as energias verdes e para uma economia descarbonizada. Este acordo é o prolongamento de um encontro de trabalho presidida pelo Soberano a 22 de Novembro último, visando o desenvolvimento das energias renováveis e novas oportunidades nesse domínio.
Na ocasião, o presidente e CEO do Grupo OCP, Mostafa Terrab, apresentou ao Rei os resultados do primeiro programa de investimentos do Grupo, objecto do Royal High Guidance em 2012 e que permitiu ao OCP consolidar-se no mercado de fertilizantes. Assim, ao triplicar a sua capacidade de produção de fertilizantes, o Grupo OCP acaba de tornar-se num dos maiores produtores e exportadores mundiais de fertilizantes fosfatados.
O grupo empresarial tem contado com a capacidade de pesquisa e desenvolvimento da Universidade Politécnica Mohammed VI (UM6P) para aproveitar as oportunidades oferecidas pelas novas tecnologias industriais e digitais na óptica do desenvolvimento de tecnologias inovadoras de fertilização racional, capazes de responder aos desafios da agricultura sustentável e da segurança alimentar.
Mostafa Terrab apresentou igualmente ao Soberano, o novo programa de investimentos verdes da empresa. Um programa articulado em torno do aumento das capacidades de produção de fertilizantes, tendo como foco alcançar a neutralidade carbónica até 2040, alavancando o domínio único das energias renováveis, bem como o progresso do Reino neste abastecimento de água potável e irrigação das áreas adjacentes da OCP.
Redução das importações
Este investimento vai permitir ao grupo, maior importador mundial de amoníaco, libertar-se destas importações investindo também no sector das energias renováveis – hidrogénio verde – amoníaco verde, o que lhe permitirá entrar no mercado de fertilizantes e soluções verdes com força de fertilização adaptada às necessidades específicas dos diferentes solos e culturas.
Defende-se que esta ambição será suportada por programas de apoio às PME industriais, mas também dos sectores da energia e da agricultura, favorecendo a emergência de um ecossistema nacional inovador e a criação de novas oportunidades de emprego e inserção profissional para os jovens.
Com estes investimentos, o grupo pretende alimentar toda a sua infraestrutura industrial com energia verde até 2027. Uma energia descarbonizada que irá alavancar novas capacidades de dessalinização de água do mar para atender tanto às necessidades do Grupo, quanto ao domínio sob o impulso do Rei Mohammed VI.
Todo esse esforço que consolida a posição global da OCP, prevê um investimento global de cerca de 13 mil milhões de dólares (130 mil milhões de dirhams) durante o período 2023-2027, a concretização de uma taxa de integração local de 70%, o apoio de 600 indústrias marroquinas e a criação de 25.000 empregos directos e indirectos.
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