Listas com o nome de organizadores apontados como supostas lideranças e financiadores dos atos golpistas pró-Bolsonaro que realizaram bloqueios ilegais em rodovias federais e em quartéis pelo país após a vitória de Lula (PT) foram enviadas por órgãos policiais e Ministério Público para o Supremo Tribunal Federal.
As autoridades identificaram deputado, políticos, policiais e empresários, entre as pessoas organizadoras e participantes de atos golpistas realizados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) em todo o país desde a derrota no 2º turno da eleição presidencial, no dia 30 de outubro.
Insatisfeitos com o resultado das urnas, os manifestantes pediam intervenção militar, o que vai contra a Constituição brasileira.
Os nomes de organizadores constam em listas enviadas por órgãos policiais e MP para o STF em um processo que apura as responsabilidades sobre os bloqueios golpistas.
Já foram identificadas lideranças no Acre, Ceará, Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Pernambuco.
No Ceará participaram dos protestos e estão apontados como integrantes dos protestos um policial militar e um policial penal.
Em Goiás foram identificados empresários envolvidos nos bloqueios e responsáveis por atear fogo em pneus nas rodovias. E um outro empresário além de participar, também obrigou que funcionários de sua empresa estivessem presentes nos atos golpistas.
Já no Rio Grande do Sul, foram identificados deputado, vereador, policiais penais e delegado.
Todos, inclusive, concorreram nas últimas eleições a vagas como deputados estaduais e federais, não sendo eleitos, com exceção do deputado federal Luciano Zucco.
Em Santa Catarina, o Ministério Público listou ao menos 12 empresários e agentes políticos de financiarem bloqueios bolsonaristas pelo estado. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, um dos empresários é Emilio Dalçoquio Neto, posto como líder das interdições.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirmou ao Supremo Tribunal Federal ter identificado e multado 40 pessoas físicas e 10 empresas por organizar os bloqueios ilegais de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro pelo país.
Documento da corporação enviado ao Supremo diz que foram aplicadas 55 multas contra os organizadores das barreiras em manifestações antidemocráticas.
Por Yahoo Notícias