A República de Angola celebrou, na última sexta-feira, 11 de Novembro, os 47 anos da sua Independência Nacional, com o acto central das comemorações a ter lugar na Praça da República, em Luanda.
Nessa data, diante de um clima militar tenso em várias regiões do país, nascia um novo Estado soberano que, por mérito próprio, se via livre do jugo colonial, depois de inúmeras tentativas para assegurar a sua autodeterminação.
A proclamação da independência foi o culminar de um processo de insurreição geral armada dos angolanos contra o regime português, iniciado a 4 de Fevereiro de 1961, naquele que ficou conhecido, oficialmente, como o Dia da Luta Armada de Libertação Nacional.
O processo de auto-afirmação total do país envolveu milhares de patriotas, entre políticos, religiosos e cidadãos anónimos, que verteram o seu sangue e pagaram com as suas próprias vidas para ver concretizado o sonho de liberdade.
A proclamação da Independência Nacional representa o ponto mais alto de uma luta pela auto-determinação que já vinha de séculos, travada por destemidos reis e rainhas de várias regiões do país.
Trata-se de um dos maiores marcos da história do país, que pôs fim ao regime colonial português, depois de várias décadas em busca da liberdade, soberania e afirmação do seu povo.
A Independência Nacional, proclamada pelo então Presidente do MPLA, António Agostinho Neto, primeiro Chefe de Estado da jovem nação, marcou o começo de uma dura trajectória política, diplomática, social e económica.
Trata-se de uma das principais conquistas dos angolanos, enquanto povo soberano, que soube ultrapassar várias peripécias ao longo da sua trajectória, com realce para uma violenta e sangrenta guerra, por 27 anos.
A Independência Nacional abriu espaço para um país livre, que ainda procura, 47 anos depois, os melhores caminhos para combater a pobreza e as desigualdades sociais, a fim de atingir o desenvolvimento sustentável.