O professor Diavava Bernardo, que liderou uma manifestação de estudantes contra a falta de carteiras escolares, em Luanda, há cerca de dois meses, voltou a ser suspenso. Desta vez, a suspensão é por tempo indeterminado uma proposta do instrutor do processo que lhe foi movido.
Diavava Bernardo foi acusado de organizar uma marcha não autorizada e por danos materiais, alegadamente por destruição de carteiras na escola.
O advogado do professor diz ter recorrido da decisão da Directora do Gabinete Provincial da Educação do Governo Provincial de Luanda, Philomene Marie Brito Azevedo José Carlos do passado dia 24 de Outubro, mas só agora revelada.
Esta suspensão é diferente da primeira que durou apenas quatro dias e ocorre “durante o processo disciplinar”.
Em entrevista a Voz da América, Francisco Mota disse que a defesa já interpôs recurso contra a decisão administrativa da directora do Gabinete da Educação do Governo Provincial de Luanda.
“Nós sabíamos da maldade deste Governo, mas não sabíamos que ele chagaria até a este ponto”, disse Francisco Teixeira.
A VOA contactou Wilson dos Santos, porta-voz do Governo Provincial de Luanda, mas sem sucesso.
Por sua vez, o presidente do Movimento dos Estudantes Angolanos, Francisco Teixeira, condenou a suspensão que descreveu como “um balde de água fria”.
À data dos factos, durante a tomada de posse, a nova directora do Gabinete Provincial da Educação de Luanda, Philomene Marie Brito Azevedo José Carlos, actualmente no exterior do país e que assinou a suspensão, considerou o acto do professor Diavava Bernardo, de reprovável e irresponsável passível de sanção.