PRIME SOLUTIONS: Primeira corretora de valores mobiliários em Angola autorizada em 2022

O Termo de Autorização de constituição a que a FORBES teve acesso, foi assinado pela ex-PCA da Comissão do Mercado de Capitais, Maria Uini Baptista, a 04 de Agosto último

Atentos ao processo de transformação do mercado de capitais, um grupo de investidores angolanos promoveu, junto da Comissão de Mercado de Capitais (CMC), o pedido de licenciamento da PRIME SOLUTIONS – Sociedade Corretora de Valores Mobiliários, que acabou por ser autorizado, tornando assim a instituição no primeiro player deste segmento no país a ser autorizado em 2022.

À FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, o presidente do conselho de administração da PRIME SOLUTIONS, Virgílio Mendes, explicou que neste momento aguardam apenas pelas etapas finais para darem início efectivo à actividade da empresa.

“Já temos toda a infra-estrutura montada, a equipa de gestão, mas temos ainda algumas pequenas etapas para cumprir, junto da Comissão de Mercado de Capitais. Também já temos um affair com a Bodiva [Bolsa de Dívida e de Valores de Angola], para nos tornarmos membros da Bolsa e actuarmos dentro da estratégia aprovada pelos accionistas”, avançou o gestor.

Gestor bancário e especialista em governance e compliance, Virgílio Mendes garantiu estarem prontos para trabalhar principalmente com todos os bancos angolanos, que considera serem parceiros estratégicos e fundamentais da PRIME SOLUTIONS. Entretanto, acrescentou, atenção especial será também dada aos empreendedores e Pequenas e Médias Empresas (PMEs).

“Estaremos prontos para prepará-los, orientá-los e inseri-los no mercado de capitais, aliás, o que já vem a acontecer do lado dos reguladores e da Bodiva, tal como vimos o lançamento da bolsa de PMEs em Angola, no passado dia 20 de Outubro”, reforçou, acrescentando que “os clientes institucionais são fundamentais para a dinamização do mercado de capitais”.

O PCA da primeira Sociedade Corretora de Valores Mobiliários autorizada no ano em curso afirmou estar convicto de que os próximos dez anos serão de afirmação do mercado de capitais em Angola. “Mais do que as alterações legais positivas que estão a acontecer, acreditamos que há vontade de fazer mercado, acrescido de inovação tecnológica e de soluções financeiras robustas”, apontou.

“Sentimos que há uma visão de futuro muito sólida. Agora, temos todos de trabalhar para esse fim”, enfatizou Virgílio.

Para justificar a vontade [política] que diz existir, Virgílio dá como exemplo “todo o suporte e orientação” que alega terem recebido da equipa da CMC e também da Bodiva, na clarificação das acções perenes que deviam realizar.

Com um investimento inicial de angolanos de 30 milhões de kwanzas, aposta forte num modelo de governação corporativa robusto, indica uma nota enviada à FORBES, a PRIME SOLUTIONS foi autorizada pela CMC, ao abrigo do artigo 102° da Lei n° 14/21 – Lei do Regime Geral das Instituições Financeiras. O “Termo de Autorização” a que a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA teve acesso, foi assinado pela então PCA da Comissão do Mercado de Capitais, Maria Uini Baptista, a 04 de Agosto último, e tinha validade de três meses.

A Sociedade, diz o seu PCA, tem a estratégia focada na dinamização do modelo de intermediação financeira hoje existente, na medida que terá um conjunto de soluções que permitirão atrair parceiros estratégicos, empresas de grande capacidade operacional e financeira a aderir as soluções inovadoras e disruptivas.

Para estar próximo dos players mais relevantes, naquilo que são os interesses do mercado de capitais em Angola, Segundo o gestor, os promotores optaram por posicionar estrategicamente a PRIME SOLUTIONS na zona baixa da capital angolana, Luanda.

“Estamos atentos ao mercado de capitais em Angola. Não temos uma preocupação com as oportunidades, porque elas existem. Somos e seremos, na verdade, uma instituição que materializa essas oportunidades, porque entendemos claramente que este, a par de um bom modelo de governação corporativa, é o critério de diferenciação do mercado de capitais para agora e para o futuro”, concluiu Virgílio Mendes.

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