Marginais ‘testam’ capacidade da Polícia Nacional: Altas patentes da Polícia e das FAA baleados em Luanda

Em apenas três meses, pelo menos duas altas patentes dos órgãos de defesa e segurança, nomeadamente, da Polícia Nacional e das Forças Armadas Angolanas, mais precisamente da Força Aérea Nacional foram baleadas por marginais na cidade de Luanda, estando a Polícia a equacionar o móbil destes crimes.

Trata-se do Comissário-geral Alfredo Eduardo Manuel Mingas, também conhecido nas lides policiais por “Panda”, ex-comandante-geral da Polícia Nacional, e do General Horácio Neto, afecto a Força Aérea Nacional, que foram baleados no intervalo de três meses, na cidade de Luanda, facto que estará a dar indicadores de que os marginais na cidade capital estarão a ‘testar’ a capacidade da Polícia Nacional em dar resposta aos crimes violentos, dos quais, nem mesmo entidades da dimensão destas duas figuras foram poupadas.

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O mais recente caso, em que uma alta patente quase perdeu a vida ocorreu no último domingo, 16, pouco depois das 10 horas, na centralidade do Kilamba, no município de Belas, cuja vítima foi o General Horácio Neto, num crime que terá sido praticado supostamente por dois assaltantes que, até ao momento se puseram em fuga e não se lhes conhece o paradeiro.

Tal como a Camunda News apurou esta semana, o estrago que os “amigos do alheio” fizeram, o realce recai para os sete tiros de arma de fogo, disparados contra o piloto aviador, quatro dos quais ficaram alojados no seu corpo e os outros no chão, enquanto a vítima, rebolava para defender-se do ataque.

O crime, segundo foi possível apurar, ocorreu nas imediações entre os condomínios Austin e o de Rosas, tendo como resultado, deixado o oficial superior da Força Aérea Nacional (FAN) com um pulmão perfurado, o peito atravessado e com um joelho danificado.

Indivíduos (ainda) não identificados balearam o General Horácio Neto com sete tiros de uma arma de fogo, quatro dos quais ficaram alojados no seu corpo e os outros no chão, enquanto rebolava para defender-se do ataque.
(DR)

Comandante Panda foi baleado no Kilamba

O antigo Comandante-geral da Polícia Nacional, Comissário-geral Alfredo Eduardo Manuel Mingas, mais conhecido por “Panda”, por sua vez, foi baleado por marginais, no mês de Julho, depois de deixar a viatura numa estação de serviço e praticava exercícios físicos na centralidade do Kilamba, enquanto aguardava que a sua viatura fosse lavada.

Depois de ter sido interpelado, os ‘amigos do alheio’ roubarem o telemóvel e uma mascote de ouro do ex-comandante efectuaram dois disparos na perna do oficial.
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“No momento em que os marginais fugiam, o comandante Panda disparou contra os marginais e atingiu um deles, mesmo assim conseguiram fugir”, descreveu, na altura, uma fonte do Comando provincial de Luanda da Polícia Nacional, sublinhando que o ex-comandante se encontrava estável e que estava a receber cuidados médicos numa das unidades hospitalares de Luanda.

À data dos factos, decorriam diligências para localizar e deter os marginais.

O antigo Comandante-geral da Polícia Nacional, Comissário-geral Alfredo Eduardo Manuel Mingas, mais conhecido por “Panda”, por sua vez, foi baleado por marginais, no mês de Julho, depois de deixar a viatura numa estação de serviço e praticava exercícios físicos na centralidade do Kilamba, enquanto aguardava que a sua viatura fosse lavada.
(DR)

Autores dos crimes detidos ou à monte?

Esta é, de resto, a pergunta que não se quer calar. De acordo com uma fonte do Serviço de Investigação Criminal (SIC), que não quis gravar entrevista, tão pouco ser identificada, em relação ao caso do General Horácio Neto, a prioridade foi socorrer a vítima para uma unidade hospitalar, enquanto decorrem diligências no sentido de se apurar as causas e as motivações do crime em função da brutalidade e violência do acto.

Sobre o crime do qual foi vítima o Comandante Panda, por sinal, uma figura policial bastante acarinhada pelos cidadãos de Luanda, quando da sua nomeação, aquela fonte do SIC revelou à Camunda News, sem precisar com exactidão, que naquela altura, a Polícia Nacional terá feito a detenção de um indivíduo suspeito de participação, senão mesmo, do cometimento do crime.

Neste sentido, afigura-se urgente que a Polícia Nacional consiga localizar e deter estes marginais no sentido de devolver o sentimento de segurança não só aos pacatos cidadãos, mas também, a estas individualidades que poderão estar a se sentir inseguras na cidade de Luanda, ao ponto de um ‘gatuno de galinha’ puxar a arma e disparar à queima-roupa contra um general ou um comissário-geral sem medo algum e sem que a justiça lhe ‘caía’ em cima.

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