Mais de 700 mil dólares, equivalentes em Kwanzas, é o valor do orçamento, para a instalação de contentores que seriam adaptados como quiosques de vendas no largo da rua 66/73A, no Projecto Nova Vida.
A denúncia pública chegada ao ECOS DO HENDA dá conta que as obras que a administradora do distrito Urbano do Nova Vida e a uma empresa, “fantasma e de sua propriedade pretendem fazer no largo é mais um atentado aos contribuintes angolanos”.
A denúncia pública feita pelos moradores do Projecto Nova Vida, com a colocação de cartazes e banners de descontentamento, expôs ao ridículo do qual esperam que a Procuradoria Geral da República (PGR) coloque as mãos em mais essa tentativa de corrupção.
“O orçamento milionário do largo da discórdia, serviu de fachada para adjudicação das obras para uma empresa da administradora do distrito Urbano do Nova Vida, identificada por ‘Ave Kapindiça’ com a conveniência do administrador municipal do Kilamba Kiaxi”, acrescentam os moradores na sua denúncia.
A tentativa de ocupação do largo da rua 66/73A por parte da administração do distrito Urbano do Nova Vida despoletou um elevado nível de insatisfação e descontentamento dos moradores que tem vindo a contestar o facto não estarem de acordo com a instalação de contentores para venda, o que viria a transformar a zona numa área comercial, e, certamente com a venda poderão surgir as consequências, como o aumento da criminalidade, prostituição, poluição sonora e outros problemas que já tornam a cidade de Luanda numa província difícil de se viver.
Segundo os moradores, no âmbito de uma governação participativa ou de auscultação da população, em nenhum momento foram consultados pela administração para os informar ou pedir a sua opinião sobre as referidas obras e o projecto que se quer implementar no local.
Por este facto, perante esta denúncia pública, “nós, os moradores da rua 66/73A, esperamos que o governo da província de Luanda e a PGR reponham a legalidade responsabilizando a administração e a empresa envolvida”, solicitam, aguardando uma intervenção urgente das autoridades lideradas pelo Governador Manuel Homem, que agora entra em cena no GPL, cujo caso, poderá servir de um balão de ensaio para dar sequência ao combate a corrupção despoletado pelo Presidente João Lourenço, bem como a do Procurador-Geral Pitta Gróz.