Nações Unidas: Jornalista angolano contra recrutamento de crianças pela Frente Polisário

Mais de 50 peticionários entre activistas, jornalistas e acadêmicos, que recentemente foram ouvidos, em Nova Iorque, na 77ª sessão do Comité Especial de Política de Descolonização das Nações Unidas apelaram para o cumprimento das iniciativas de paz propostas pelo Reino de Marrocos, visando uma solução definitiva para o fim do longo diferendo com as milícias armadas da Frente Polisário.

Na sequência dos depoimentos, na sede da ONU, o jornalista angolano Júlio Gomes criticou o recrutamento de crianças para a guerrilha da Polisário, sublinhado que “isto representa um atentado contra o seu futuro e da humanidade”. Ideia também partilhada por outro peticionário, Mohamad Ziyad Aljabar do ‘Grupo de Amizade Marroquino’, alertando que os menores continuam a ser recrutados nos campos de Tindouf, para alimentá-los com a voracidade da guerra”. “Organizações civis, vítimas e defensores dos direitos humanos denunciam desde então estas práticas em que este grupo armado se envolve em território argelino há vários anos”, salientou Júlio Gomes na qualidade de peticionário da ONU.

De acordo com Mohamad Aljabar, essas práticas estão aumentando nesses acampamentos sem a possibilidade de que essas crianças e respectivas famílias possam denunciar esse grupo por todas essas violações.

À margem dessa abordagem na ONU, Júlio Gomes lembrou a necessidade de se olhar para o documento proposto pelo Rei Mohammed VI, em 2007, que consagra uma série de princípios que deviam ser levados em conta, para se chegar a uma plataforma de entendimento, num conflito que apenas contribui para a estagnação económica, e social não só de Marrocos, mas também de outros países do continente já de si atrasados.

O plano do Reino para acabar com o conflito no Sahara Marroquino já mereceu apoio de 90 países, incluindo os Estados Unidos da América, e europeus, como Espanha e Alemanha.

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