“Duas figuras indiscutivelmente inspiradoras, jovens como eu. Já disse pessoalmente aos dois que tenho imenso respeito, já disse por escrito também.
Conheci estas duas figuras por intermédio do Facebook há aproximadamente 9 ou 10 anos, revus em Angola, e no Facebook, não eram tantos. Cidadãos com consciência social e coletiva. Estes dois tipos já eram activos. Não eram meros comentadores sobre assuntos ligados a nossa política, eles já conheciam a política como ciência e a nossa, melhor ainda.
O Hitler Samussuku particularmente, foi dos primeiros angolanos jovens, que começou a escrever grandes e longos ensaios sobre a nossa história política aqui no Facebook. As análises do Hitler Samussuku eram pomposas, eram sugestivas, as referências bibliográficas que acompanhavam os seus textos, era incríve ler o Hitler, despertou bué de gajos com os seus textos e tinha em mim um dos seus mais assíduos leitores. Pena que a sua conta anterior já não anda activa, se não as memórias de 2013 para cá seriam testemunhas do que escrevo sobre este jovem. Lamento que o Hitler não esteja a ser aproveitado da melhor forma dentro da nossa política, não concordo que o Hitler viva esta intensa vida de envolvimento político na rua, pelas suas capacidades intelectuais, o Hitler merecia melhor em qualquer organização política ou administrativa de relevo neste país. O Hitler sabe muito, tem leituras e raciocínio apurado.
Sobre o Manuel Das Mangas, até ao ano de 2015, altura que nos encontramos pessoalmente na faculdade e passamos a interagir além do mundo virtual, tínhamos menos de 20 amigos em comum e quase todos eram jornalistas e jovens e evus de Luanda, hoje temos quase 350 amigos em comum. O Das Mangas não mudou, conseguiu suportar o tempo e venceu o tempo, os textos dele já tinham este perfil antes de surgirem as reações actuais do Facebook, politicamente interventivo, era dos poucos Lubanguenses que já tinha uma visão além provinciana. Estava sempre a trazer novas informações e a dizer coisas que não se diziam em 2013. A coragem dele louca fez-me acreditar que afinal eu não era nem só um pouco corajoso, precisava ser corajoso como aquele mano do Lubango. É proactivo, dinâmico e super motivador, um mestre nesta caminhada chamada vida.
Este texto é simplesmente para vos dizer que independentemente das circunstâncias de hoje, a minha admiração por vocês mantém-se intacta. Se se lembram das vezes que vos disse o quanto vos admirava, lembrem-se que continuo vos admirando. Muita luta que lutei, muita dinâmica que forjei, foi porque me juntei a gente como vocês e vi de longe as vossas ações e repliquei ainda quando a cidadania emergia neste nosso país”.
Mateus Prelúdio, Docente e Rapper
Fonte: Lilpasta News