Angola saiu da neutralidade que tem caracterizado as posições do país desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em 24 de Fevereiro, e votou ao lado da esmagadora maioria dos países a favor de uma resolução que condena aquilo que as Nações Unidas consideram que ocupação ilegal do território ucraniano.
A Organização das Nações Unidas (ONU) votou, nesta quarta-feira, 12, uma resolução com vista a condenar a ocupação ilegal do território ucraniano pela Rússia, no que foi considerado como um golpe simbólico, mas importante, relativamente à posição do Kremlin, numa altura em que se intensificam os ataques a locais e infra-estrutura civis. Angola votou ao lado da esmagadora maioria dos países do mundo, votando a favor da resolução.
A Assembleia Geral da ONU votou uma resolução, proposta pelos Estados Unidos, que exige que a Rússia reverta a anexação das regiões de Donetsk, Kherson, Lugansk e Zaporizhzhia na Ucrânia. O texto, que não é juridicamente vinculativo, foi aprovado por 143 votos a favor, 5 votos contra, 35 abstenções.
A votação ocorreu quando na mesma altura os ministros da Defesa da NATO se reuniam em Bruxelas para discutir o envio de mais sistemas de defesa aérea para a Ucrânia.
A “malícia e crueldade” da recente escalada da Rússia apenas aprofundou o compromisso dos aliados em apoiar a Ucrânia, disse o secretário de Defesa norte-americano, Lloyd Austin, às autoridades presentes na reunião.
Em Março, apenas 10 dias após a invasão da Ucrânia pela Rússia, houve uma primeira votação de condenação à invasão, e nessa altura Angola optou por se abster.
Mas no seu discurso de tomada de posse, em 15 de Setembro, o Presidente João Lourenço sinalizou que a posição do país se tinha alterado. Nessa altura, o Presidente da República pediu ao seu homólogo russo para pôr fim ao conflito.
Esta semana, o Presidente João Lourenço falou ao telefone com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, mais precisamente na segunda-feira, no dia em que a Rússia atacou inúmeros alvos civis em 10 cidades ucranianas em gesto de retaliação de ter visto a ponte da Crimeia a ser destruída por um de bombas.
C/Camunda News