Os trabalhadores da empresa pública Angola Telecom acusam o Conselho da Administração (CA) de, alegadamente, impedir o regresso aos seus postos de trabalho apesar de terem suspendido a greve, no dia 30 de Setembro, por ordem judicial.
Perto de 300 trabalhadores estava em greve, por mais de três meses, até que o Tribunal de Trabalho da Comarca de Belas ordenou o seu regresso ao trabalho, dando razão à CA da Angola Telecom que considerava a paralisação como sendo ilegal.
O secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações, Lourenço Afonso, considera “estranho” que os trabalhadores sejam permitidos apenas a assinar o livro de ponto e voltar para casa e diz que tal atitude constitui “um acto de má fé” por parte do CA.
“Se diziam que os grevistas deveriam regressar ao trabalho porque , supostamente, a empresa estava a perder receitas, já não se percebe que hoje o trabalhador assine o livro de ponto apenas para garantir a efectividade”, questiona Afonso.
Na sua reivindicação, que remonta ao ano de 2021, os trabalhadores pediam o afastamento da empresa do seu actual presidente do Conselho da Administração, o aumento salarial em 50 por cento, a actualização do subsídio de alimentação, seguro de saúde e garantia de reforma.
O sindicato diz que a entidade patronal apenas garante um aumento salarial de até 35%.
Contactado pela Voz da América para uma vez mais, ouvir a sua versão sobre os factos, o PCA da Angola Telecom não se mostrou disponível para o efeito.