A ex-deputada do MPLA, e que acaba de declarar-se ex-apoiante da UNITA, Tchizé do Santos, declarou que foi a maior mobilizadora das eleições gerais de 24 de Agosto, e afirmou que Adalberto Costa Júnior está perdido na sua vaidade e nos seus interesses.
De acordo com um áudio que circula nas redes sociais, Tchizé diz que foi graças ao seu esforço e de outras activistas que hoje em dia o Palácio abre as portas ao líder do maior partido da posição, Adalberto Costa Júnior (ACJ), tendo acrescentado que o seu falecido pai sempre alertou sobre as elites dizendo que “quando as coisas correm mal são os primeiros a fugir e quando correm bem são os primeiros a ir atrás dos cargos”.
“O que todos eles querem ofuscar é que eu fui a grande vencedora dessas eleições, a maior mobilizadora dessas eleições. E uns usaram essa força para terem poder de negociar e estarem a ir sentar no palácio. Outros usaram isso como forma desesperada de me isolar. Mas sabem o que essas duas figuras estão a fazer!? Estão a tornar a mim e a todas as pessoas que contribuíram para essa paridade mais fortes. Eu e essas activistas que lutamos para que hoje o palácio tenha que estar a abrir as portas para o Adalberto, saímos mais fortalecidos porque podemos todos enganar os homens, mas ninguém engana a Deus. E hoje as máscaras estão a cair e o povo sabe de que lado tem que estar, eu sei de que lado tenho que estar”, disse.
No seu longo desabafo, a ex-deputada do MPLA que chegou a fazer campanha a favor da UNITA, como forma de protesto ao que chama de perseguição política dos seus camaradas contra si e a sua família, garantiu que o partido do “Galo Negro” perdeu o seu apoio porque não soube fazer o uso, pelo que, garante que todas as pessoas descontentes com o novo posicionamento de ACJ vão juntar-se.
“Esses dois senhores estão perdidos na sua vaidade, nos seus interesses, nos seus egos. Ambos andaram a tentar esfaquear a sua galinha de ovos de ouro. O MPLA me perdeu por causa disso, a UNITA ganhou o meu apoio e não soube fazer o uso dele. Então, vamos continuar a trabalhar. E não falei só de mim, há muitas outras pessoas que se sentem como eu e vamos nos juntar. O mal do ingrato é que esquece que vai voltar a precisar”, sustentou.
