Pilotos e TAAG chegam a acordo para suspensão da greve

O Sindicato dos Pilotos e a TAAG – Linhas Áreas de Angola chegaram a um princípio de entendimento para suspensão da grave, na sequência de numa reunião que terminou por volta das 00:30, com a mediação do Ministério dos Transportes e a Inspecção Geral do Trabalho (IGT).

A informação foi avançada, esta terça-feira, ao Ecos do Henda pelo presidente do Sindicato dos Pilotos da TAAG, Miguel Prata e confirmada pela Direcção da empresa numa nota enviada à imprensa.

Segundo o sindicalista, foi um acordo consensual e possível, para manter a paz social entre as partes, mas as negociações vão continuar.

“Os trabalhadores queriam um aumento de 50%, no entanto a TAAG só pode desembolsar 30, atendendo as condições financeiras e as consequências causadas pela pandemia da COVID-19”, explicou, sublinhando que este foi, de resto, o mote para a suspensão da grave que já ia no seu quinto dia.

A greve dos pilotos anunciada na última quinta-feira estava prevista durar 10 dias, por várias reivindicações.

A informação foi avançada, esta terça-feira, ao Ecos do Henda pelo presidente do Sindicato dos Pilotos da TAAG, Miguel Prata e confirmada pela Direcção da empresa numa nota enviada à imprensa.
(DR)

Por dentro da greve

Tal como o Ecos do Henda avançou a 9 de Outubro, os pilotos angolanos pronunciaram-se, na última sexta-feira, depois de terem entrado numa greve com previsão inicial para durar 10 dias, esclarecendo que “a paralisação dos pilotos não se resumia, como maldosamente, conforme estava a ser propalado” como se tratando apenas da reivindicação salarial, mas sim que estavam em causa questões mais relevantes como a “soberania do país e da empresa, enquanto entidade comercial, social e identitária cultural”.

Na nota de esclarecimento enviada pelo sindicato dos pilotos pode ler-se que “os pilotos são contra a banalização ou extinção da identidade da TAAG, que repousa na mente dos angolanos e estrangeiros, mundo fora;”, que “a greve de pilotos visa defender os símbolos da companhia, como a fonte da letra da TAAG, que não pode ser transferível, nem adulterada, para aviões de terceiros” e que a “Palanca Negra, não pode ser dissociada do nome identitário: TAAG”.

A missiva também dá conta da “defesa da não exclusão das cores originais da companhia das sinaléticas anteriores”, que “os pilotos não podem ficar indiferentes ao rumo da empresa, daí, ser, também, um dos propósitos da greve o resgate do símbolo da companhia, enquanto cláusula pétrea (inegociável), significa mesmo em aluguer por 1 mês”.

Além disso o documento garante que a greve dos pilotos angolanos da TAAG está assente no respeito à CRA, de acordo com o art.º51. (Direito à Greve e Proibição do Lock Out) e da Lei n.º 23/91 de 15 de Junho, Lei da Greve, art.º 10.º (Decisão da greve).

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