Pelo menos 15 pessoas, entre as quais 11 crianças, morreram num ataque contra uma escola em Ijevsk, no centro da Rússia. Durante este ataque qualificado de “atentado terrorista desumano” por Vladimir Putin, presume-se que o presumível assaltante se tenha suicidado.
“O Presidente lamenta profundamente a morte de pessoas e de crianças nesta escola onde um atentado terrorista foi perpetrado”, indicou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov ao referir-se ao assalto cometido esta manhã durante o qual, segundo um novo balanço oficial estabelecido esta tarde, se registaram 15 mortos, nomeadamente 11 crianças e 4 adultos, sendo que ficaram feridas pelo menos 24 pessoas, na sua grande maioria crianças.
Os investigadores que afirmam ter encontrado o corpo de quem acreditam ser o atirador, apresentam o suspeito como sendo um jovem nascido em 1988 que foi aluno daquela escola e que seria adepto da ideologia nazi. As autoridades dizem ter indicação de que ele se terá suicidado depois de cometer o ataque.
Este atentado acontece num momento social tenso na Rússia, poucos dias depois da mobilização militar de centenas de milhares de reservistas na ofensiva de Moscovo na Ucrânia.
Nesta segunda-feira, um homem abriu fogo num centro de recrutamento do exército russo na Sibéria, ferindo gravemente um militar presente no local.
Isto acontece também numa altura em que os ataques armados designadamente em escolas têm vindo a aumentar na Rússia nestes últimos anos.
No passado mês de Abril, um homem matou duas crianças e uma professora, antes de suicidar, numa localidade situada igualmente no centro do país.
Em Outubro de 2018, um jovem matou 19 pessoas num liceu da península anexada da Crimeia e em seguida tirou a própria vida.
Perante a multiplicação de casos semelhantes no seu país, o Presidente russo que acredita que se trata de um fenómeno importado dos Estados Unidos, onde isto é também frequente, introduziu restrições ao porte de armas.
Fonte: RFI