Assembleia Nacional com menos ‘dinossauros’ e presença reforçada da sociedade civil

A nova legislatura começa com a ausência de vários rostos de partidos que não conseguiram eleger deputados e a entrada de novas caras ligadas à sociedade civil, sem vínculos partidários. A expectativa é saber até onde o “sangue novo” que entra na Assembleia Nacional será capaz de melhorar a imagem que a sociedade tem dos deputados.

Com os resultados das eleições gerais de 24 de Agosto, o MPLA, com a eleição de 76 deputados pelo círculo nacional, menos 13 que em 2017 onde teve 80 lugares garantidos neste círculo, perderá algumas das figuras de proa do parlamento. Luzia Inglês Van-Dúnem “Ingá”, que era uma das totalistas na Assembleia Nacional (AN), desde a primeira legislatura em 1992, fica de fora já que ocupa a posição 87 na lista de candidatos do MPLA.

Roberto de Almeida e Julião Mateus Paulo”Dino Matross”, são outros ‘dinossauros’ que ficaram ilegíveis, contrariamente ao que acontecia desde 1992, onde tiveram sempre lugar garantido.

Apesar de estarem distantes, estes políticos ainda mantêm esperança de entrar no parlamento, já que podem subir com as suspensões de mandato de deputados eleitos que serão chamados, nomeadamente, para assumir funções governativas. Na lista de parlamentares, publicada em Diário da República, constam nomes de eleitos que praticamente têm lugar garantido no novo governo de João Lourenço. São os casos, por exemplo, de Adão de Almeida ou Manuel Nunes Júnior.

Há ainda os casos do ex-presidente da República, Bornito de Sousa, ou da primeira-dama, Ana Dias Lourenço, que têm lugar garantido, mas não se sabe se assumirão a sua cadeira na AN, à semelhança do que acontece com o Fernando da Piedade Dias dos Santos “Nando”, que no dia das eleições (24 de Agosto) disse ao Expansão que não iria abandonar a vida política, apesar de pretender conciliar com o mundo empresarial. Caso “Nandó” assuma o seu lugar no parlamento será o único deputado totalista desde a primeira legislatura, em 1992.

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