O Supremo Tribunal de Justiça do Quénia confirmou nesta segunda-feira, 5, a vitória de William Ruto nas eleições presidenciais de 9 de Agosto, encerrando semanas de incerteza política, ao mesmo tempo que anula o sonho de Raila Odinga, de ser eleito para o cargo.
“Esta é uma decisão unânime. As petições são indeferidas, como consequência, declaramos o primeiro réu (Ruto) como Presidente eleito”, disse a juíza Martha Koome.
Vice-presidente cessante, William Ruto, de 55 anos, conseguiu a vitória por uma margem de menos de dois pontos percentuais numa disputa acirrada contra Odinga, o veterano líder da oposição agora apoiado pelo partido no poder.
Odinga recorreu ao tribunal alegando ter “provas suficientes” para mostrar que de facto havia vencido a eleição.
Embora o dia da votação tenha transcorrido pacificamente, os resultados provocaram protestos furiosos nos círculos eleitorais onde Odinga tinha maioria e ainda existe algum temor de que o país possa conhecer dias turbulentos como no passado.
Os juízes vasculharam nas últimas duas semanas caixas de provas para determinar se havia alguma irregularidade substancial para anular a eleição, como foi o caso das Presidenciais de Agosto de 2017, que Odinga também contestou.
A juíza Martha Koome começou a ler o veredicto pouco depois do meio-dia com a leitura em detalhe a cada uma das nove questões centrais do processo.
Ela disse que a tecnologia usada pela Comissão de Fronteiras Independentes e Eleitorais (IEBC) atendeu aos padrões de “integridade, verificabilidade, segurança e transparência”.
Quaisquer “irregularidades não foram de tal magnitude que afectem os resultados finais das eleições presidenciais”, disse, rejeitando assim todas as reivindicações dos advogados de Odinga.